Queria ser capaz de viver sem nenhum arrependimento,sem nenhum desintendimento,sem nenhum medo. Tudo que eu queria  era ter uma vida normal,ser uma garota normal,o que todas elas temem ser, eu queria tanto. Ir para escola pela manha e chegar de tarde em casa e brigar com uma irmã mais nova, estar certa ,e ainda assim receber xingamentos dos meus pais,os dois,meu pai e minha mãe,queria ter amigos que eu pudesse realmente contar a o ponto de que quando meu peixinho dourado morresse eles estariam do meu lado quando eu fosse dar descarga nele,queria ter um amor,um amor dos grandes que eu pudesse amar sem mentiras nem segredos,um amor de doer o peito de poder sentir o que realmente é o amor e não esses amores platônicos que não me fazem ir para frente,queria conseguir terminar a maioria das coisas que começo,queria ter vontade de estudar sem reclamar comigo mesma,queria tanta coisa,talvez até queria uma vida nova,pessoas novas,um novo lugar pra viver. Mas talvez se essa vida que eu tenho não fosse minha,eu ainda assim iria quere-lá ao invés das outras,na realidade uma vida nova não seria necessária,só  queria uma vida com menos complicações do que a minha,uma vida com menos problemas, uma vida que eu pudesse viver em paz,sem ficar lembrando do passado e das coisas que me machurão, uma em que eu não tivesse que mentir que na escola esta tudo bem,por vergonha de falar que parei de estudar,uma vida em que eu não precisasse mentir para as pessoas que eu gosto. Seila,uma vida diferente da minha,era só o que eu queria. A única coisa que eu realmente quero para minha vida é fazer meu curso de jornalismo e sair daqui,sem olhar pra tras até realizar todos os meus sonhos,e quando todos eles estiverem sucedidos eu posso voltar,dar a volta e encarar todos aqueles que duvidarão da minha capacidade.